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Como se pode evitar a percepção da ordem de dificuldades em milagres?

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JoseEduardo

JoseEduardo

Como se pode evitar a percepção da ordem de dificuldades em milagres?

Não há ordem de dificuldades em milagres. Um não é mais "difícil" nem "maior" do que o
outro. Todos são o mesmo. Todas as expressões de amor são máximas. [LT-1.I.1]


1. A crença em ordem de dificuldades é a base da percepção do mundo. Fundamenta-se em diferenças; o que passou
não está nivelado, há alterações no que virá, as alturas são desiguais e os tamanhos diversos, há graus variados de es-
curidão e de luz, e milhares de comprastes nos quais cada coisa vista, para ser reconhecida, compete com todas as ou-
tras. Um objeto maior ofusca um menor. Uma coisa mais brilhante desvia a atenção de outra cujo apelo é menos in-
tenso. E uma idéia mais ameaçadora, ou considerada mais desejável pelos padrões do mundo, transtorna completa-
mente o domínio mental. O que os olhos do corpo contemplam é apenas conflito. Não olhes para essas coisas à procu-
ra de paz e compreensão.
2. Ilusões são sempre ilusões de diferenças. Como poderia ser de outra forma? Por definição, uma ilusão é uma tenta-
tiva de fazer com que alguma coisa considerada de maior importância seja real, embora se reconheça que tal coisa não
é verdadeira. A mente, então, procura fazer com que seja verdadeira em função da intensidade do desejo de tê-la para
si. Ilusões são travestis da criação, tentativas de trazer verdade às mentiras. Achando a verdade inaceitável, a mente
revolta-se contra a verdade e dá a si mesma uma ilusão de vitória. Por considerar a saúde uma carga, retira-se para
sonhos febris. E, nesses sonhos, a mente está separada, diferente de outras mentes, com interesses próprios diferentes
e é capaz de gratificar as suas necessidades à custa dos outros.
3. De onde vêm todas estas diferenças? Certamente parecem estar no mundo lá fora. No entanto, com toda a certeza é
a mente que julga o que os olhos contemplam. É a mente que interpreta as mensagens dos olhos e lhes dá «significa-
do». E esse significado não existe absolutamente no mundo exterior. O que é visto como «realidade» é, simplesmente,
o que a mente prefere. A mente projeta a sua hierarquia de valores para o que está fora e envia os olhos do corpo para
a encontrar. Os olhos do corpo nunca verão senão através das diferenças. Contudo, a percepção não se baseia nas
mensagens que eles trazem. Só a mente avalia as mensagens dos olhos e, assim sendo, só a mente é responsável pelo
que é visto. Só ela decide se o que é visto é real ou ilusório, desejável ou indesejável, prazenteiro ou doloroso.
4. É nas atividades de seleção e categorização da mente que entram os erros de percepção. E é aqui que a correção tem
de ser feita. A mente classifica o que os olhos do corpo lhe trazem de acordo com os seus valores preconcebidos, jul-
gando em que categorias melhor se encaixa cada dado fornecido pelos sentidos. Que base poderia ser mais errada do
que esta? Sem reconhecimento próprio, ela mesma pediu que lhe fosse dado o que se encaixa nessas categorias. E,
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tendo feito isto, conclui que as ditas categorias têm de ser verdadeiras. Nisto se baseia o julgamento de todas as dife-
renças, pois é disto que dependem todos os julgamentos do mundo. Acaso se pode depender, para o que quer que seja,
deste «raciocínio» confuso e sem sentido?
5. Não pode haver ordem de dificuldades na cura, simplesmente, porque qualquer doença é ilusão. Será mais duro
dissipar a crença dos doentios em uma alucinação maior, em oposição a uma menor? Concordarão eles mais rapida-
mente com a irrealidade de uma voz mais alta do que com a de outra mais suave? Descartarão eles com maior facili-
dade um comando para matar sussurrado do que outro dado aos gritos? E será que o número de garfos que eles vêem
os demônios a carregar afeta a credibilidade que as suas percepções têm desses demônios? As mentes desses doentios
categorizou tudo isto como real, portanto, tudo é real para eles. Quando se derem conta de que são ilusões, desapare-
cerão. E assim é com a cura. As propriedades das ilusões que as fazem parecer diferentes são, na realidade, irrelevan-
tes, pois as suas propriedades são tão ilusórias quanto elas próprias.
6. Os olhos do corpo continuarão a ver diferenças. Mas a mente que se deixou curar deixará de tomar conhecimento
delas. Haverá pessoas que parecerão «mais doentes» do que outras, e os olhos do corpo registrarão, como antes, as
mudanças nas suas aparências. Mas a mente curada vai colocá-las todas numa única categoria: elas são irreais. Esta é
a dádiva do seu Professor: a compreensão de que apenas duas categorias têm significado na seleção das mensagens
que a mente recebe daquilo que parece ser o mundo exterior. E, destas duas, somente uma é real. Assim como a reali-
dade é totalmente real, independentemente de tamanho, forma, tempo e lugar - pois não podem existir diferenças den-
tro da realidade - assim também as ilusões são sem distinções. A resposta única para qualquer tipo de doença é a cura.
A resposta única para todas as ilusões é a verdade.

[UCEM, Manual dos professores, 8]

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