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A Teoria do Centésimo Macaco...

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1A Teoria do Centésimo Macaco... Empty A Teoria do Centésimo Macaco... Seg Dez 13, 2010 7:27 am

Al McAllister

Al McAllister
Admin

Muito se usa dessa teoria para justificar várias compreensões, mas o experimento em si nunca aconteceu

O Centésimo Macaco

O fenómeno do Centésimo Macaco é uma daquelas ideias persistentes que supostamente se baseiam em fatos
científicos. Este artigo tem como objetivo mostrar que as observações que supostamente suportam o fenómeno do
Centésimo Macaco foram inventadas e que o fenómeno não passa de pseudociência.

Esta história tem vários personagens. O primeiro, e o mais importante, é Lyall Watson. Lyall Watson é zoólogo e em
1979 escreveu um livro chamado Lifetide. No livro ele fala de um fenómeno alegadamente observado nos anos 50 na ilha
de Koshima no Japão. Os investigadores que estudavam um grupo de macacos davam-lhes batatas doces. Um dos
macacos aprendeu a lavar as batatas na água do mar antes de as comer e rapidamente a nova habilidade se espalhou
por outros macacos da ilha. Watson afirmou que, a habilidade de lavar batatas doces passou mesmo para outras ilhas,
não por imitação, mas por alguma força mágica ainda por descobriu. Ele afirmou que, quando o número de macacos que
aprendeu a lavar batatas atingiu um determinado valor crítico, e ele sugeriu o número 100 como exemplo, todos os
macacos ficam a saber lavar batatas mesmo que não aprendam a fazê-lo com outros. O conteúdo do livro de Watson
é descrito nesta página. O que se segue é um extrato:

"One has to gather the rest of the story from personal anecdotes and bits of folklore among primate researchers,
because most of them are still not quite sure what happened. And those who do suspect the truth are reluctant to publish
it for fear of ridicule. So I am forced to improvise the details, but as near as I can tell, this is what happened. In the
autumn of that year an unspecified number of monkeys on Koshima were washing sweet potatoes in the sea... Let us
say, for arguments sake, that the number was ninety-nine and that at eleven o'clock on a Tuesday morning, one further
convert was added to the fold in the usual way. But the addition of the hundredth monkey apparently carried the number
across some sort of threshold, pushing it through a kind of critical mass, because by that evening almost everyone was
doing it. Not only that, but the habit seems to have jumped natural barriers and to have appeared spontaneously...in
colonies on other islands and on the mainland in a troop at Takasakiyama."

A ideia foi popularizada por Ken Keyes no livro "The Hundredth Monkey" num livro sobre a guerra nuclear. Este é um
extrato desse livro que descreve os supostos factos.

Ronald Amundson, um professor de filosofia da Universidade do Havai resolveu investigar os artigos originais sobre o
estudo de macacos em Koshima. Descobriu que não existiam relatos de qualquer aprendizagem inexplicável da
habilidade de lavar batatas doces. O principal artigo cientifico sobre esta pesquisa é um artigo por Masoa Kawai escrito
em 1965, o ano em que Watson, o que criou a ideia do centésimo macaco, afirma que o número de macacos
lavadores atingiu o número crítico. Na realidade, nesse ano só havia 2 macacos em Koshima que sabiam lavar batatas
doces. O mesmo comportamento foi observado por outros investigadores noutras ilhas. O comportamento foi observado
entre apenas alguns individuos e não se espalhou pela colónia e os investigadores não estabeleceram nenhuma ligação
entre o comportamento dos macacos fora de Koshima e o comportamento dos macacos de Koshima.

Neste artigo Masoa, o principal investigador japonês que esteve em Koshima nega que alguma vez os investigadores
japoneses tenham colocado a hipótese de o comportamento de lavar batatas se propagar por meios sobrenaturais de
qualquer espécie. Ele afirma ainda que provavelmente o mito foi criado for a do Japão por investigadores ocidentais.
Watson, o zoólogo que originou a controvérsia admitiu mais tarde, quando confrontado com Masoa, o principal
investigador japonês, que tinha falado metaforicamente sobre as observações em Koshima.

Apesar das provas esmagadoras contra a única suposta prova científica que está na origem do mito, o mito mantém-se.
Deu origem a várias teorias New Age e serve de suporte a algumas teorias pseudocientíficas.

Pesquisa Psi
http://www.pesquisapsi.com Fornecido por Joomla! Produzido em: 18 October, 2008, 15:58
Uma das teorias New Age defende que se nós distribuirmos amor pelo nosso circulo de amigos e conhecidos e se um
número de pessoas fizer o mesmo (digamos 100 pessoas com 10 amigos) então, pelo efeito do "Centésimo Macaco" o
amor espalhar-se-á espontaneamente, talvez através da tal "ressonância mórfica" e sem esforço pelo mundo inteiro e
todos o problemas ficarão resolvidos.

A "Ressonância Mórfica" é uma ideia do Rupert Sheldrake. Ele defende a teoria segundo a qual existem "campos mórficos" através dos quais as entidades físicas transmitem informação através do espaço. Isto abre o caminho a coisas como a telepatia e supostamente explica a memória e os membros fantasmas. E claro, o fenómeno do Centésimo Macaco é uma das evidências experimentais que confirmam a teoria. Infelizmente essa evidência experimental não existe. O que se segue é um extrato das ideias de Rupert Sheldrake nas palavras do próprio:
It is not at all necessary for us to assume that the physical characteristics of organisms are contained inside the genes,
which may in fact be analogous to transistors tuned in to the proper frequencies for translating invisible information into
visible form. Thus, morphogenetic fields are located invisibly in and around organisms, and may account for such
hitherto unexplainable phenomena as the regeneration of severed limbs by worms and salamanders, phantom limbs, the
holographic properties of memory, telepathy, and the increasing ease with which new skills are learned as greater
quantities of a population acquire them.

Fontes:
Parte do trabalho de Ronald Amundson para descobrir as origens do mito é descrito em Senior Researcher Comments
on the Hundredth Monkey Phenomenon in Japan e no livro:
The Hundredth Monkey : And Other Paradigms of the Paranormal
O mesmo trabalho foi ainda publicado na Skeptical Inquirer:
"The Hundredth Monkey Phenomenon," Ron Amundson, Skeptical Inquirer, Summer 1985.
"Watson and the Hundredth Monkey Phenomenon," Ron Amundsom, Skeptical Inquirer, Spring 1987.

Mais informação: http://super.abril.com.br/ciencia/dna-ideias-444109.shtml

http://soubem.com

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