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INOCÊNCIA - Um estado de consciência

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1INOCÊNCIA - Um estado de consciência Empty INOCÊNCIA - Um estado de consciência Sex Jun 24, 2011 10:47 am

Cristina R.

Cristina R.

Acredito que o estado de consciência adquirido no Portal, seja um estado de inocência, próximo ao estado descrito nesse texto lindo.
Compartilhando:

INOCÊNCIA

"Existe um antigo ditado: "A ignorância é não saber nada e ser atraído para o bem. A inocência é saber tudo e ainda assim ser atraído para o bem".

Se tivéssemos a possibilidade de ver a pessoa viva mais calejada, a mais cruel e impiedosa, durante o sono ou no instante em que acorda, veríamos essa pessoa por um momento com o espírito não-conspurcado, a pura inocência. No sono, somos devolvidos mais uma vez a um estado de doçura. No sono, nos refazemos. Somos recriados de dentro para fora, novos em folha como inocentes.

Esse estado de sábia inocência é alcançado quando descartamos o cinismo e as atitudes defensivas e voltamos a mergulhar no estado de deslumbramento que vemos na maioria dos seres humanos que são muito jovens e em muitos que são bem velhos. É a prática de se olhar com os olhos de um espírito sábio e amoroso, em vez de olhar com os do cão açoitado, da criatura acuada, da boca acima do estômago, do ser humano ferido e irritado. A inocência é um estado que se renova quando dormimos. Infelizmente, são muitos os que a deixam de lado junto à colcha ao acordar. Seria melhor se sempre trouxéssemos conosco uma inocência alerta e a apertássemos junto ao corpo para sentir seu calor.

Embora a princípio a volta a esse estado possa exigir que eliminemos anos de pontos de vista desgastados, décadas de meticulosa construção de amuradas desumanas, uma vez que voltemos a ele, nunca mais precisaremos indagar por ele, escavar à sua procura. Voltar a uma
inocência alerta não exige tanto esforço, como o de mover um monte de tijolos de um lugar para o outro, mas, sim, que fiquemos parados o tempo suficiente para que o espírito nos encontre. Diz-se que tudo que procuramos também está à nossa procura; que, se ficarmos bem quietos, o que procuramos nos encontrará. Ele está esperando por nós há muito tempo. Depois que ele aparecer, não devemos fugir.

Descansemos. Vejamos o que acontece em seguida.

É esse o jeito de se aproximar da natureza da morte, não com astúcia e esperteza, mas com a confiança do espírito. O termo inocente é muitas
vezes usado para indicar uma pessoa sem conhecimento, um simplório. No entanto, a origem da palavra significa inocente de dano ou de lesão. Em espanhol, a palavra inocente descreve uma pessoa que tenta não prejudicar o outro, mas que também é capaz de curar qualquer lesão ou dano causado a si mesma.

La Inocenta é com freqüência o nome dado a uma curandera,
uma benzedeira, a que cura os outros de lesões ou danos. Ser inocente significa ser capaz de ver com nitidez qual é o problema e corrigi-lo. Essas são as poderosas imagens por trás da inocência. Ela é considerada não só uma atitude de evitar o dano aos outros ou ao próprio self, mas também a capacidade de curar e recuperar a si mesma (e aos outros). Pense nisso. Imagine as vantagens para todos os ciclos do amor.

Existe uma prudência que é verdadeira, quando o perigo está por perto, e uma prudência que não tem justificativa e que se origina de algum ferimento anterior. Esta última faz com que os homens ajam de modo irritadiço e
desinteressado mesmo quando eles sentem que gostariam de demonstrar carinho e afeto. As pessoas que têm medo de "ser ludibriadas" ou de
"entrar num beco sem saída" - ou que não param de vociferar seus direitos de querer "ser livre" - são os que deixam o outro escapar por entre os dedos.

Às vezes não existem palavras que estimulem a coragem. Às vezes é preciso simplesmente mergulhar. Tem de haver em algum ponto da vida um
período em que se confie na direção que o amor levar, em que se tenha mais medo de ficar confinado a algum leito rachado do rio seco da psique do que estar solto num território exuberante, porém inexplorado. Quando uma vida é excessivamente controlada, cada vez há menos vida a controlar".


Clarissa P. Estes

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